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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

EVENTOS

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O Café: Um livro para coffee lovers

Thiago Sousa

Marque em sua agenda:

Dia 25 de Janeiro de 2014, Museu do Café de Santos, no charmoso prédio da Rua XV de Novembro no Centro da cidade de Santos.

Lançamento do livro O CAFÉ, de Cristina Ruiz.

Voltado para o leitor iniciante no Maravilhoso Mundo do Café e, também, para aqueles que são Coffee Lovers, o livro conta a saga do Grão que Uniu o Mundo através da Xícara, desde os primórdios no Oriente Médio e Leste Africano, passando pelas primeiras cafeterias européias, até as regiões produtoras dos dias de hoje.

Origens Brasileiras? Tem, sim senhor…

Métodos e Serviços de Café? Todos, inclusive sobre os mais recentemente incorporados no dia a dia das cafeterias e no uso doméstico…

Como o café é produzido nos diferentes países?

Quais formas de secagem das sementes são empregadas pelos cafeicultores? Estas e muitas outras respostas podem ser encontradas neste livro, que não pretende ser um compêndio, mas uma porta de entrada para se conhecer mais sobre o Café através de um projeto gráfico muito bonito!

Receitas de fácil execução? Faça sua escolha!

Algumas fotos são minhas, mas não pude deixar de aceitar o delicioso convite para escrever o Prefácio e um pequeno capítulo sobre a Torra do Café.

Aos que forem ao Lançamento, prometo um café bem bacana!

COFFEE HUNTERS 2013: Investigando a cafeicultura sombreada!

Thiago Sousa

Imagine acompanhar a colheita em duas origens totalmente distintas desde o momento em que os frutos são retirados dos cafeeiros até os processos de secagem para, então, comparar como os Elementos de Território exercem sua influência. Adicione a isso um grupo de pessoas com formação multidisciplinar, ávidas por questionar tudo o que virem pela frente, tentar compreender detalhe a detalhe que cada um dos produtores apresentou e começar a inferir como tudo isso pode se expressar na forma de Aromas e Sabores. Coloque como tempero especial o tema Cafeicultura Sombreada no Brasil e um belo projeto educacional está pronto!

Assim é a edição 2013 do Treinamento para Coffee Hunters – Projeto #6.

Imersão + Coaching + Conhecimento Avançado Aplicado + Companheirismo.

Para a Etapa A CAMPO serão visitadas fazendas em Paracatu e Unaí, no extremo norte do Cerrado Mineiro, e em Pedra Azul, Domingos Martins, e Venda Nova do Imigrante nas belas Montanhas do Espírito Santo. Duas tecnologias diferentes para o sombreamento, dois conceitos e resultados sensoriais incríveis. Seis dias (de 30 de Junho a 07 de Julho), contando os translados) em dois cenários quase antagônicos, um montanhoso e frio, enquanto que o outro tem um clima agradável numa topografia plana a perder de vista…

Selecionar alguns lotes de café que apresentarem características interessantes faz parte do roteiro que compõe a Etapa EM LABORATÓRIO, que neste ano acontecerá nas instalações mineiras da ACADEMIA DO CAFÉ, em Belo Horizonte, do meu compadre urso Bruno Souza. Quatro dias torrando, provando, discutindo e compreendendo os efeitos dos Elementos de Território com o Nariz e a Boca.

Não há pré requisitos aos candidatos ao Processo Seletivo, mas preferências como vivência nos setores da Cafeicultura, como Agrônomos, Baristas e Mestres de Torra, além de gente com formação (como vem acontecendo) em Gastronomia ou Química, mas muito apaixonados por Café!

São mais de 130 horas-aula em imersão com metodologia Coaching,  num ambiente de alto aprendizado e que é uma experiência educacional inesquecível.

Para mais informações, entre em contato:

Ensei Neto

cafeotech@uol.com.br ou (34)9198-7567.

 

Testemunho de PEDRO PAULO DE FARIA RONCA, Agrônomo com Master em Café, Via Verde:

O curso aborda o café como um Produto de Território e procura evidenciar na prática as diferenças que o clima, solo, método de preparo, variedades botânicas, entre outras, podem conferir na bebida.  Foram acompanhados os processos de colheita, secagem e pós-colheita procurando-se analisar as diferenças e variações de cada processo. Na etapa de laboratório foram torradas diversas amostras tanto pelo método de tradicional, como pelo perfil de torra. Em cada situação e por meio de prova de xícara procurou-se experimentar as diferenças e complexidades presentes nos cafés especiais. 

Como resultado do curso pode-se levar múltiplos ensinamentos e práticas interessantes. Sem dúvida fica evidenciada a complexidade de se produzir cafés especiais, seja pela necessidade de processos muito cuidadosos, pela dependência do clima ao longo do ano e durante a colheita, pelas particularidades de cada região e microclima local, ou ainda pelo comportamento de cada variedade em determinado lugar.

Cursos como esse plantam a semente de um novo Brasil do Café, um país que continuará produzindo muita quantidade, mas, com humildade, aprenderá a produzir mais e mais cafés excepcionais.

Assim caminha a humanidade, com sua xícara de café – 1

Thiago Sousa

Para onde caminha a Humanidade?

Creio que esta é uma das perguntas mais instigantes que as pessoas fazem a si mesmas quando chegam numa idade típica de questionamentos particulares. É interessante observar que quando adquirimos um certo senso crítico das coisas, começamos as indagações sobre para que serve ou o porque fazemos algo. Talvez uma pontinha da neurose típica do Homem, de tudo querer saber.

O mercado como um todo cada dia mais se torna mais competitivo. Afinal, é este o estigma da Natureza, que sempre evoca movimentos como a evolução e adaptação para cada grupo de seres vivos se fazerem prevalecer. Mesmo entre os seres inanimados, há uma surda batalha diária onde forças e resistências são medidas: o vento que sopra e muda a paisagem das dunas ou a chuva torrencial que cai sobre morros e promovem sua desfiguração.

 Muito tem se falado da crise na cafeicultura, quando entidades e produtores manifestam sua preocupação com o futuro tingido de negro que já bate na porta de muitos. Por outro lado, o último exemplar da revista Globo Rural dá destaque ao trabalho dos cafeicultores irrigantes do Oeste da Bahia, assentados nos arenosos planaltos de Luis Eduardo Magalhães, que se orgulham de alta tecnologia, elevada produtividade e, como consequência, sua convicção de prevalecer no competitivo mercado mundial de café cru.

Da mesma forma, a indústria de torrefação de café também vem passando por seus momentos de crise, quando tradicionais empresas e marcas simplesmente sumiram do mapa (como exemplo, paulistano Café Seleto, cujo famoso jingle se tornou um sinal para o café da manhã?). Um forte movimento de concentração do mercado, como se chama o processo em que o número de empresas atuantes decresce, seja por aquisições, seja por fusões, vem acontecendo desde meados dos anos 90, principalmente depois da entrada de grandes grupos internacionais no mercado brasileiro. O sinal mais luminoso, anunciando o início desse impressionante movimento, foi a aquisição do paulista Café do Ponto pela gigante Sara Lee, que numa prolongada temporada de compras ainda adquiriu marcas como Pilão, Caboclo e Seleto, entre outras.

As indústrias, mesmo as muito grandes, tem nos supermercados, o seu principal canal de vendas, que, por outro lado, mudou dramaticamente sua postura após a entrada de grupos internacionais como o Carrefour, quando passaram a assumir o papel de mídia, como um grande shopping center cujas áreas de locação são as prateleiras. O equilíbrio em qualquer disputa acontece quando os oponentes se equivalem em força ou habilidades. Assim, os grandes fornecedores industriais se tornaram essenciais para os supermercados, sendo a recíproca verdadeira.

No rastro disso, indústrias de menor porte e cacife, passaram a lidar com compromissos cada vez mais onerosos como repositores de mercadorias em determinadas redes de supermercados, demonstradores e um grande exército de novos profissionais de serviços típicos das fileiras das grandes companhias. Portanto, as agruras que os médios cafeicultores passam são idênticas no caso das indústrias de torrefação!

Quem é muito grande, ou seja, possui escala para oferecer todos aqueles serviços agregados à venda dos seus produtos e ainda podem adicionar mais, ou quem é muito pequeno, com estrutura enxuta, se saem razoavelmente bem. Para os de médio porte, as desvantagens são dobradas por não terem a escala dos grandes, nem a estrutura enxuta dos pequenos.

Há, porém, uma correlação muito interessante: observe a tabela de pontuação e classificação de cafés da SCAA – Specialty Coffee Association of America. Quanto menor a qualidade, a oferta tende a ser maior, portanto é esperado um cenário muito mais competitivo. É por isso que empresas de menor porte começaram a focar intensamente no mercado de cafés de alta qualidade, pois além do maior valor agregado, exige especialização e agilidade que muitas vezes os grandes podem não ter.

Tive a oportunidade de acompanhar o lançamento de uma linha de cafés especiais do Café Excelsior, de Sorocaba, SP, no início desta semana, no dia 05. O que me impressionou foi o fato de que a empresa escolheu microlotes de café vencedores de certames regionais para compor sua linha de Grand Crus.

Com uma cuidadosa comunicação onde se privilegiou destacar cada lote e seu produtor, com precisas descrições dos lotes como se vê nas empresas de ponta de mercados de especiais mais maduros como os Estados Unidos, cada origem (foram escolhidos lotes de Piatã, BA, Patos de Minas, MG, e Espírito Santo do Pinhal, SP) teve direito a um ícone de representação. Certamente, isso facilita a identificação pelo consumidor, permitindo a possibilidade de viagens sensoriais por regiões antes desconhecidas como produtoras de excelentes cafés. Alia-se o fato de tudo isso ocorrer no rico interior de São Paulo, cujos habitantes também estão descobrindo as novas perspectivas que o café pode oferecer, e o resultado pode ser um retumbante sucesso.

Quanto mais fácil o acesso e maior a oferta de excelentes cafés, mais experiências os consumidores poderão ter. E somente boas experiência fazem as pessoas querer repetir…