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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

HISTORIA

Bebi e Gostei! – 1: Spaghetti Notte

Thiago Sousa

São Paulo é uma cidade que neste dia 25 de janeiro completa 455 anos cheia de vitalidade.

É certo que seu gigantismo acaba trazendo muitos problemas como um trânsito infernal e muita violência, porém é inegável sua vocação para oferecer opções de lazer e entretenimento, além das oportunidades profissionais e de negócios.

 A cidade também é um fervilhante caldeirão cultural e gastronômico, muito devido às influências da enorme diversidade étnica que compõe a “Cara Paulistana”. Portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses e chineses, entre outros povos, dão o colorido, sabores e aromas às mesas paulistanas.

Certamente, uma das mais importantes culinárias reinantes é a italiana. E dentre os tradicionais restaurantes italianos, há um em particular que segue com clássicas massas feitas pela própria casa: Spaghetti Notte.

Após um almoço particularmente delicioso, pedi juntamente com a Companheira de Viagem Monica Leonardi, que é a primeira Juíza Certificada SCAA do Brasil, um espresso curto.

Muitas vezes após uma grandiosa refeição, tive igualmente grandiosas decepções com os cafés servidos em alguns restaurantes.

Esta é uma crítica muito comum que costumo ouvir de amigos e pessoas que gostam de comentar sobre o mistério que cerca os restaurantes e sua relação com o café. Por que será que em geral há tanta negligência com um serviço de finalização?

Os garçons sabem descrever perfeitamente os pratos, às vezes com requintes de detalhes como o tipo de cozimento empregado ou mesmo a procedência de um determinado ingrediente; na sugestão de vinhos, então, o rigor vai até a escolha para uma perfeita harmonização com os pratos pedidos. Mas, quando chega o momento do café, que é justamente o último sabor que ficará em nosso palato, muitas vezes é perceptível o pânico ao responder quem é o fornecedor do café!

A primeira surpresa no espresso do Spaghetti Notte foi a xícara, que para o serviço era a mesma empregada em geral para o café de coador ou mesmo chá, numa clássica porcelana branca. No entanto, a persistência da crema me chamou a atenção, pois se manteve bastante estável, indicativo de que os grãos estavam frescos ou eram de torra recente, bem conservados e a extração foi correta.

Infelizmente, demorei-me para tirar a foto, de forma que a crema já estava se dispersando.

O aroma era agradavelmente intenso a caramelo e o sabor surpreendentemente adocicado, com alta acidez, mas encorpado e predominância do sabor a caramelo e nozes.

Pedimos nova rodada para verificar a consistência do serviço. Bingo!

Tudo se repetiu, o que me deixou particularmente feliz com a bela finalização do almoço.

Ao cumprimentar o Sr. Horácio, proprietário da casa, ele respondeu que os grãos são do Café do Centro, da Branco Peres. 

Nesta foto, tirada na casa que fica no Morumbi Shopping, a partir da esquerda, está a Juíza SCAA Monica Leonardi, eu, seu Coffeetraveler, e o Horácio, proprietário do Spaghetti Notte.